As profissões que melhor remuneram os jovens

Dos mais de 35 milhões de trabalhadores do mercado formal privado brasileiro, em torno de 6 milhões são jovens de até 25 anos de idade, ou ainda 1 em cada 6 empregados. Onde estão as profissões que melhor remuneram os jovens?

O alto desemprego e a pequena criação de novos postos de trabalho observada em 2017 ainda dão sinais muito tímidos de melhora. Essa realidade muitas vezes preocupa o jovem, especialmente aquele com menor qualificação e experiência profissional.

De fato, das 10 profissões que mais geraram oportunidades de contratação de março a agosto de 2017, apenas uma delas admitia profissionais com idade média de 25 anos: Atendente de Lanchonete. E das profissões que mais contrataram, esta destacava-se pelo baixo salário médio de admissão, apenas R$ 1.068. Ficou apenas alguns reais à frente da ocupação com menor salário médio inicial, considerando as que mais admitem: faxineiro, com R$ 1.054.

O jovem e o mercado de trabalho: as profissões que melhor remuneram os jovens

Onde estão então as vagas que melhor remuneram os jovens? Qual a qualificação necessária para atingir essas vagas? Para ajudar a responder essas perguntas, vamos olhar para as famílias de ocupações que melhor remuneram os jovens, e nos quais há um número importante de trabalhadores empregados.

Dos 6 milhões de trabalhadores com até 25 anos no mercado de trabalho formal, há um contingente de 200.000 jovens distribuídos em 12 famílias de ocupações, que recebem entre R$ 1.800 e R$ 2.900 em média, ou seja, entre 30% e praticamente 100% a mais do que a média geral de mercado para esta faixa etária, que ficou em torno de R$ 1.400.

Utilizamos como critério de seleção destas famílias de ocupações, empregar pelo menos 10.000 jovens com até 25 anos em todo o Brasil, e gerar um rendimento médio de pelo menos R$ 1.800 mensais. Confira abaixo a lista, ordenada da maior à menor remuneração média mensal para as famílias selecionadas. Informamos também o número de trabalhadores e o grau de escolaridade mais frequente para cada família de ocupações.

1:  Analistas de tecnologia da informação (15.366 trabalhadores – R$ 2.899 – superior completo)

2:  Técnicos de desenvolvimento de sistemas e aplicações (10.701 trabalhadores – R$ 2.427 – superior incompleto)

3:  Gerentes de comercialização, marketing e comunicação (15.532 trabalhadores – R$ 2.362 – superior completo)

4:  Escriturários de serviços bancários (36.131 trabalhadores – R$ 2.299 – médio completo)

5:  Supervisores administrativos (10.622 trabalhadores – R$ 2.033 – médio completo)

6:  Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins (11.461 trabalhadores – R$ 1.949 – médio completo)

7:  Técnicos de planejamento e controle de produção (14.910 trabalhadores – R$ 1.892 – médio completo)

8:  Mecânicos de manutenção de máquinas industriais (17.642 trabalhadores – R$ 1.822 – médio completo)

9:  Motoristas de veículos de cargas em geral (18.555 trabalhadores – R$ 1.816 – médio completo)

10:  Trabalhadores de soldagem e corte de ligas metálicas (11.716 trabalhadores – R$ 1.814 – médio completo)

11: Técnicos de controle da produção (18.008 trabalhadores – R$ 1.814 – médio completo)

12:  Trabalhadores da mecanização agrícola (18.929 trabalhadores – R$ 1.808 – médio completo)

Ensino superior não é condição necessária, mas especialização sim

As profissões ligadas à tecnologia da informação estão no pódio da remuneração média mensal junto com as gerências de vendas, marketing e comunicação. Há em comum entre essas três famílias de ocupações ter como grau de escolaridade mais frequente o ensino superior completo ou incompleto.

Chama atenção no entanto que para as demais famílias no ranking das top 12, a escolaridade mais frequente é o ensino médio completo. Apesar disso, percebe-se que uma boa parte das ocupações possuem conhecimentos técnicos bastante específicos, como planejamento e controle de produção, condução de veículos, manutenção de máquinas e soldagem e corte de metais. Além dessas ocupações de caráter técnico, destacam-se famílias ligadas ao setor financeiro, como gerentes administrativos, financeiros e de riscos, e também escriturários de serviços bancários.

Então parece haver um caminho interessante para o jovem que não possui ensino superior em profissões ligadas à indústria, aos serviços bancários e também à agricultura. Notadamente aquelas para as quais algum grau de qualificação técnica é necessário.

E para aqueles que desejam atingir maiores faixas de remuneração e tem condições de arcar com o ensino superior, ou obter algum tipo de financiamento, o setor que vem destacando-se nos últimos anos, a tecnologia da informação, segue oportunizando bons postos de trabalho.

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